O fortalecimento e institucionalização do Exército brasileiro, que praticamente não existia até o início da guerra, criou as condições para que um grupo de oficiais, oriundos das camadas médias da população, e não mais da aristocracia, reivindicasse um papel político ativo para a instituição militar, o que provocou atritos com a monarquia, ancorada no poder civil dos grandes proprietários.

A guerra provocou a industrialização do país na medida em que, para atender às necessidades de abastecimento de armas, roupas, calçados, alimentação e transporte das tropas, foi necessário instalar um parque industrial privado, financiado com capitais estatais. O Brasil ganhou indústrias, mas a monarquia se enfraqueceu com a diminuição da influência dos políticos positivistas no governo.

A participação de milhares de escravos como soldados que, ao retornarem da guerra continuavam sem obter a liberdade, reforçou a campanha abolicionista, a qual se organizou nos centros urbanos com a participação de amplos segmentos da sociedade.

O esforço de guerra empreendido pela monarquia para vencer o Paraguai, mobilizando recursos materiais, aceitando escravos como soldados e se endividando com a Inglaterra, mostrou as fraquezas de um regime apoiado no trabalho escravo, visto, a partir de então, como um entrave para o desenvolvimento do país.