A revolução socialista de outubro de 1917 traiu seus princípios orientadores iniciais, sendo a razão essencial da fragmentação do bloco socialista as pressões externas sofridas por parte do mundo capitalista no contexto da Guerra Fria.

A ruina do socialismo real, no Leste europeu, desmontou as tradicionais estruturas socioeconômicas da região, sem, no entanto, favorecer a emergência de uma nova elite econômica, uma nova “burguesia”, em intima associação com os empresários internacionais.

O distanciamento cada vez maior dos ideais que geraram a Revolução Russa de 1917 e as próprias contradições inerentes ao regime, ocasionaram sua gradual ruptura e abriram caminho para o capital internacional e o estabelecimento da nova ordem mundial pautada na hegemonia do livre mercado e do capital.

A falta de sintonia no discurso ideológico por parte dos vários Estados que compunham o bloco socialista foi um dos fatores determinantes para o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A imagem traduz a ideia de que o colapso do mundo socialista foi resultado das pressões populares, interessada em consumir bens que a indústria soviética não tinha interesse em produzir, uma vez que, a produção estava centrada na indústria bélica e de base.