Existem dois conjuntos sociais para os quais a questão da terra constitui um fator de importância fundamental. Um deles é formado por aqueles que utilizam a posse ou a propriedade como instrumento de diversas formas de exploração e especulação. O outro grupo social é formado pelos trabalhadores sem terra, pequenos produtores deslocados pelo latifúndio para áreas marginais ou pressionados pelo capital comercial e financeiro, e os migrantes frustrados, que sobrevivem nas periferias urbanas. A estes podem vir a agregar-se, em futuro não muito remoto, outras vítimas do processo de ajuste neoliberal, ex-funcionários públicos, ex-bancários e todos os outros "ex" de menor nível de qualificação.
Segundo a visão da autora, problemas sociais no campo e cidade estão intimamente relacionados.No caso brasileiro, esta relação se estabelece porque em ambos os espaços ocorrem, dentre outras, as seguintes situações: