A construção de Brasília, a conquista da Copa do Mundo de Futebol, em 1958, a abertura de estradas, o programa de industrialização e a geração de energia alimentaram e reforçaram a imagem de um período marcado pela euforia e pelo otimismo desenvolvimentista.

O planejamento e a execução de um modelo de industrialização, detalhado no Plano de Metas, que se apoiava nas restrições ao investimento de capital estrangeiro, valorizando o capital nacional, mudou o perfil internacionalista do processo de industrialização brasileira.

O paradoxo do período foi caracterizado por um clima de permanente instabilidade política e pessimismo da sociedade, convivendo com a geração de empregos e altos salários decorrente da industrialização, com a desmobilização dos movimentos populares e com a ausência de greves trabalhistas.

Contrastando com a forte intervenção estatal na economia durante o governo Vargas, o governo JK direcionou a ação do Estado para setores como educação, saúde e a construção de Brasília, deixando as áreas industrial, de transporte e geração de energia nas mãos do capital nacional privado.