As sete antinomias do ensino de filosofia de Derrida
I- Protestar contra a submissão da filosofia a finalidades externas (útil, produtivo etc.).
Não renunciar ao princípio de finalidade, que rege a missão da filosofia como instância final de juízo.
II- Protestar contra o fechamento da filosofia no interior de uma definição disciplinar específica.
Reivindicar a unidade e especificidade da filosofia.
III- Pretender que a filosofia não seja nunca dissociada do ensino.
Permitir-se pensar que algo essencial na filosofia não seja reduzível aos atos e às práticas do ensino.
IV- Exigir que as instituições sustentem essa disciplina impossível e necessária.
Postular que a filosofia exceda todas as instituições.
V -Solicitar, em nome da filosofia, a presença de um mestre, mesmo sabendo que a presença dele afeta a estrutura democrática da comunidade filosófica.
VI -Saber que a filosofia como disciplina requer um ritmo calmo e um tempo diluído.
Sua unidade e arquitetura testemunham uma contração instantânea.
VII -Criar as condições para que alunos e professores disponham das condições de sua transmissão disciplinar (eterodidática). A filosofia não pode renunciar a seu itinerário autodidático e autônomo.