“Este é tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra”.
Em “Nosso tempo”, poema publicado em 1945, Carlos Drummond de Andrade revela o estado de ânimo da parcela mais consciente da sociedade brasileira, recém-saída do regime político, que iniciara em 1937, conhecido sob o nome de Estado Novo e comandado pelo presidente Getúlio Vargas. Sobre o regime estadonovista, é correto afirmar que: