Qualquer economia que dependa, em grande parte, de exportações agrícolas necessita de um eficiente sistema de previsão de safras. Nas bolsas de mercadorias de Nova Iorque, Londres ou Chicago, os grupos ou países bem informados sobre as tendências do mercado vão sempre obter mais lucros ou, pelo menos, evitar prejuízos. Diante das dificuldades encontradas para a definição de acordos mundiais que atendam aos interesses de produtores e consumidores, a existência desse sistema constitui um excelente meio de valorizar a produção de um país.
Tal fato é de importância capital para o Brasil, ativo participante do mercado internacional de produtos de origem agrícola. Uma eficiente previsão de safras permite, não há dúvida, um adequado planejamento das culturas de exportação. Mas além desse há outros motivos igualmente relevantes que justificam a necessidade de sua existência: o suprimento do mercado interno com produtos alimentares básicos, como arroz, feijão, milho ou mandioca; o planejamento das importações, sobretudo de trigo, de produção nacional insuficiente para atender o consumo interno; e o planejamento do consumo energético do país, voltado para a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar.
De acordo com o primeiro parágrafo do texto,